Data: 25/11/2025 15:25

A Lei Municipal 2784/2025, que deveria tratar exclusivamente da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, veio com um golpe escondido: um artigo autorizando a concessão dos serviços de água e esgoto de Caxias por até 35 anos.
Trinta e cinco anos.
Esse dispositivo, enfiado no meio da lei, não tinha nenhum vínculo técnico com o plano de saneamento. Pelo contrário: era uma manobra clara da gestão do prefeito Gentil Neto, guiada pela influência do tio, o ex-prefeito Fábio Gentil, investigado pela Polícia Federal, para tentar entregar o Saae, uma autarquia superavitária, lucrativa e essencial para a cidade.
O Saae não é um problema: é uma joia pública.
Não dá prejuízo.
Não exige socorro financeiro.
Não tem crise de gestão.
Então por que entregar?
A resposta é óbvia: interesse político e acordos que não passam pela luz do dia.
Quando um governo tenta vender ou repassar ao setor privado algo que dá lucro, a pergunta é inevitável:
quem ganha por fora? Quem leva vantagem?
Por isso, apresentei uma Emenda Supressiva retirando esse trecho da Lei 2784/2025.
Não aceitei, não aceito e não aceitarei que usem uma lei técnica como cavalo de Troia para destruir o patrimônio do povo.
A família Gentil tentou amarrar Caxias por 35 anos.
Eu cortei esse laço.
Enquanto eu estiver na Câmara, não irão rifar a água, a dignidade e o futuro dos caxienses.
Caxias não está à venda — e o Fiscal do Povo está aqui para impedir.